Quem nunca sentiu queimação?

Quem Nunca Sentiu Queimação? - Dr Fabio Atui

Você come algo e logo depois sente aquela azia ou queimação?

Atenção: seu estômago pode estar “estressado”. Isso porque, quando você está tenso ou ansioso, sua digestão pode piorar.

O estresse é fator de risco para várias doenças, como câncer, problemas cardiovasculares e metabólicos. O estômago é um dos primeiros lugares do corpo que acusa o estresse e o mal que ele faz à saúde.

É muito comum, adultos e jovens que trabalham em situações de stress apresentar queimação. Quase uma regra, isto acontece por que nesta fase da vida, muitas vezes se come mal, em pé, rapidinho ou até pula refeições, além disto, a ansiedade e a necessidade de se firmar como profissional leva a uma resposta do corpo produzindo mais ácido.

A azia é um sintoma presente em várias situações, aparece quando o estômago está ácido demais, esta condição é chamada doença péptica, ou seja, sintomas decorrentes do excesso de acidez no aparelho digestivo, pode se expressar como esofagite de refluxo, gastrite, duodenite e, quando mais intensa, até úlcera.

Para quem costuma tomar antiácidos contra azia, é importante saber que o alívio geralmente é só momentâneo, funcionando para crises e dores agudas. Seria como passar hidratante depois de um dia intenso de sol sem proteção, alivia, mas não cura a queimadura, por isso, é preciso buscar tratamento efetivo que diminua a exposição ao ácido, como ficar em casa fora do sol ou bem protegido sob o guarda sol.

O ácido é importante para a nossa digestão, nosso corpo tem mecanismos de proteção da mucosa contra o ácido e mecanismos anti refluxo do estômago para o esôfago, isto, por si só, já seria suficiente pra não ter nem gastrite e nem esofagite de refluxo, mas este equilíbrio entre as forças de agressão e de defesa pode ser afetado por vários fatores, levando aos sintomas.

O que fazer?

O que podemos fazer é ajudar nosso corpo a pender a balança a favor dos mecanismos de proteção:

– Fracione a alimentação: Fracionar a dieta é essencial para estimular o trabalho do estômago de maneira uniforme, fazer com que o ácido seja usado frequentemente para processar os alimentos e não fique muito tempo “parado”.

– O jejum prolongado faz justamente com que o ácido gástrico fique parado. Quanto mais tempo isso ocorre, maior é a acidez, além do que o ácido acumulado no estômago é mais fácil de refluir para o esôfago, que não é preparado para esta agressão e sofre com a esofagite.

– Evite grandes refeições: Quando você come muito, o estômago não consegue processar toda a comida levando a sensação de empachamento e plenitude gástrica.

– O uso de drogas como anti-inflamatórios e antibióticos pode levar a gastrite, lembre-se de pedir ao seu médico para tomar um protetor gástrico se tiver que usar este tipo de drogas.

– Existe uma bactéria que pode interferir neste equilíbrio, e ela é muito frequente em nosso país, o Helicobacter pylori acredita-se que esteja presente em cerca de 50% dos brasileiros, a sua presença piora as coisas e deve ser tratada com antibiótico quando encontrada.

– Evite alimentos condimentados e gordurosos, cafeína e álcool também são fatores que influenciam, assim como refrigerantes e chocolate.

– Principalmente, não fique sofrendo, existem muitas opções para o tratamento, seja com drogas ou com mudanças simples de hábitos, procure um médico, busque a melhor solução para você, ficar empurrando com a barriga e usando antiácidos frequentemente não vai resolver o seu problema.

Hábitos de vida saudáveis fazem a gente viver melhor, ser mais produtivo e mais feliz.

Fique de olho
Saúde!

Dr Fabio Atui Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coloproctologia

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